Lentes plano convexas multifacetadas com estojo de pau-santo


5,6 (diâmetro)
Vidro e pau-santo

7 (diâmetro)
Vidro e pau-santo

 INDEX 1788: V.IV.339

Vitra duo polygona ligneis thecis conclusa, quae vitra circellis laminarum Schalae opticae (n.º 320) quoque aptantur.

Dois vidros poligonais encerrados em estojos de madeira. Estes vidros são também adaptados à escala óptica (n.º 320) com pequenos arcos de lâminas. 

INDEX 1788: V.IV.340

Aliud vitrum polygonum maius in simili theca.

Outro vidro poligonal maior, num estojo semelhante.

As duas lentes plano-convexas apresentadas são semelhantes, tendo uma um diâmetro de 5,6 cm e uma flecha de 1,1 cm, e a outra um diâmetro de 7 cm e uma flecha de 2,1 cm. Ambas se encontram guardadas em estojos de pau-santo, cujas tampas se enroscam, uma de cada lado, no anel que contém a lente.

As dimensões do anel onde está montada a lente menor, bem como as roscas através das quais se fixam as duas tampas, são adequadas para a sua utilização em qualquer dos porta-lentes do banco de óptica (instrumento 90).

Estas lentes têm a particularidade de possuir a face convexa multifacetada em toda a sua superfície, na qual se podem observar pequenos quadrados. Este pormenor faz com que um feixe de luz que incida perpendicularmente na face plana da lente vá, depois de a atravessar, incidir segundo diferentes ângulos nas superfícies dos diversos quadrados da face convexa. Deste modo, os diferentes feixes luminosos emergentes da lente, ao incidirem sobre um alvo, originam uma distribuição descontínua de pontos luminosos, correspondendo cada um deles a um dos quadrados da face convexa da lente. Obtém-se, assim, um bonito efeito de dispersão da luz.

Estas lentes são provenientes do Colégio dos Nobres, onde se encontravam identificadas com os números de catálogo 329 e 330, respectivamente.

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