Cilindros para a demonstração do princípio de Arquimedes



15 x 11,5 x 6,3
Cobre

INDEX 1788 : O.I.241

Cylindrus cavus cupreus, ansa instructus, ut capillo equino suspendi possit. Hujus cavitatem exacte replet cylindrus alter accurate elaboratus, in cujus basis superioris centro uncus haeret exiguus, et in centro basis inferioris foramen cernitur, per quod globuli plumbei minores cylindro inseruntur, quo pondus ad libitum mutari potest; cochlea autem foramen clauditur. Ambo cylindri adhibentur cum Bilance praedicta ad ostendendum corpus fluido immersum tantum sui ponderis amittere, quantum habet fluidum ejusdem voluminis cum Corpore.

Cilindro oco de cobre, munido de uma ansa para poder ser pendurado por uma crina de cavalo. Enche exactamente a cavidade deste um outro cilindro concebido com cuidado, ao centro de cuja base superior está fixo um pequeno gancho e se vê ao centro da base inferior um orifício pelo qual se introduzem pequenas bolas de chumbo mais pequenas que o cilindro, pelo que o peso pode ser mudado à vontade; o orifício é fechado por um parafuso. Ambos os cilindros são apresentados com uma balança para mostrar que um corpo imerso num fluido perde tanto do seu peso quanto tem o fluido do mesmo volume com o corpo.

Trata-se do material clássico, ainda actual, para demonstrar o Princípio de Arquimedes. Consiste num vaso cilíndrico e num cilindro ambos de cobre feitos de modo que um se ajusta exactamente ao interior do outro. Suspende-se o vaso cilíndrico da face inferior de um dos pratos de uma balança hidrostática, e da base do mesmo suspende-se o outro cilindro. Equilibra-se o conjunto colocando tara no outro prato. Se, com esta disposição, mergulharmos o cilindro num líquido qualquer, a balança desequilibra-se. Enchendo, com o mesmo líquido, o vaso cilíndrico, a balança tornará a equilibrar-se, o que prova o Princípio de Arquimedes que diz que a força de impulsão é igual ao peso do volume de líquido deslocado pelo corpo.

O material do Gabinete de Física consiste num vaso cilíndrico munido de uma asa e de um tubo lateral que serve para limitar o volume de líquido que deve conter. O cilindro tem exactamente a altura que corresponde à altura de líquido que o vaso pode conter sem verter pelo tubo lateral. A base superior do cilindro tem um gancho a que se prendia uma crina, para a suspensão. Na outra base tem um orifício, tapado com um parafuso, por onde se podem introduzir grãos de chumbo a fim de variar o peso do cilindro.

Este material provém do Colégio dos Nobres, onde tinha o número de inventário 231.

Carvalho, Rómulo de, História do Gabinete de Física da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1978, pp. 406-408.
's Gravesande, Williem Jacob, Physices Elementa, Leiden, 1742, Tab. XLIX, Fig. 1.


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