Modelo de guindaste



31,3 x 37,5 x 47,4
Madeira esculpida

 CAT. 1824: D.III.34

Modelo d'um guindaste movido por rodas dentadas. N.B. Não se faz caso delle, por estar mal feito.

Este é o mais complexo dos modelos de guindaste existentes no Gabinete de Física.

Da sua estrutura sobressai uma grande roda dentada, montada horizontalmente sobre um eixo vertical. Neste eixo é enrolada uma corda que se destina à supensão do corpo. Esta corda passa por uma roldana montada na extremidade de uma trave horizontal, solidária com uma coluna que roda em torno do seu eixo e que fez parte da estrutura do guindaste. A roda apresenta os dentes distribuídos na periferia e orientados perpendicularmente ao plano por ela definido. Através destes dentes, a roda engrena em outras três, de menores dimensões, cujos eixos são horizontais e cujos dentes são igualmente distribuídos sobre a periferia. Cada uma destas rodas está montada em duas colunas verticais e é accionada por uma manivela.

Existem outras duas rodas dentadas, dispostas num plano vertical, de eixo comum, movendo-se solidariamente entre si. Uma destas rodas é semelhante às três anteriores, engrenando os seus dentes nos da roda horizontal. A outra, que lhe é solidária, apresenta dentes encurvados e orientados radialmente. Nestes dentes engata uma lingueta, a qual permite apenas um sentido de movimento de rotação a todo o conjunto e que bloqueia todo o mecanismo do guindaste quando este não é actuado pelas manivelas que fazem rodar cada uma das três rodas dentadas de comando. Assim, quando esta lingueta pousa sobre os dentes da roda, o guindaste mantém em repouso o corpo suspenso na corda. Para fazer descer o corpo, desengata-se a lingueta dos dentes da roda, o que permite ao mecanismo girar em sentido contrário. Para que esta operação se faça de uma forma controlada é necessário manobrar as manivelas das três rodas dentadas.

A lingueta de travagem do mecanismo é accionada por uma corda presa perto de um extremo da lingueta. A corda passa depois por uma roldana fixa, montada numa trave horizontal, indo depois prender-se a meio de uma alavanca que se move num plano vertical. Quando o braço da alavanca é manualmente puxado para baixo, faz subir a lingueta, destravando o mecanismo do guindaste. É nesta posição que se pode efectuar a descida do corpo suspenso da corda. Para se impedir este sentido de rotação, a alavanca deve ser movida para cima, o que solta a lingueta que vem colocar-se nos dentes da roda.

O corpo, suspenso a uma determinada altura, pode deslocar-se num plano horizontal segundo um arco de circunferência, para o que é suficiente que a coluna do guindaste e a sua trave horizontal efectuem um movimento de rotação.


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