42 x 36,1 x 58
Madeira, cobre e latão

Após os primeiros estudos realizados sobre a indução electromagnética, Faraday apresentou, no dia 21 de Dezembro de 1831, um relatório sobre as suas mais recentes pesquisas. Estas eram referentes à indução de corrente eléctrica num condutor convenientemente enrolado, utilizando o campo magnético terrestre.

Numa das suas experiências, utilizou uma bobina de fio de cobre, no interior da qual introduzia uma barra cilíndrica de ferro macio, que havia sido previamente aquecida ao rubro e depois arrefecida lentamente para eliminar qualquer magnetismo remanescente. Ligando a bobina a um galvanómetro e orientando-a segundo a direcção do campo magnético terrestre, não se detectava qualquer movimento de deflexão na agulha do galvanómetro enquanto o conjunto estivesse em repouso. No entanto, se a bobina e a barra de ferro efectuassem um rápido movimento de rotação de 180 graus no plano do meridiano magnético, podia observar-se uma significativa deflexão na referida agulha.

Com base no resultado destes trabalhos Delezenne criou um dispositivo constituído por um anel circular, em torno do qual está enrolado um fio de cobre, que pode efectuar um movimento de rotação em torno de um eixo orientado segundo uma linha diametral do anel. Este eixo de rotação deve estar alinhado com o meridiano magnético terrestre e com uma inclinação, relativamente à horizontal, tal que este eixo fique numa posição perpendicular à direcção tomada pela agulha de inclinação magnética.

Logo que se estabelece a ligação do terminal da bobina de fio de cobre a um galvanómetro suficientemente sensível, é possível detectar uma corrente induzida na bobina quando esta efectua um movimento de rotação em torno do eixo acima referido, observando-se então que o sentido da corrente eléctrica induzida depende do sentido de rotação imposto ao anel.