Solenóide



22,5 x 42 x 10,3
Madeira, cobre e latão

CAT. 1878 : 475

Solenoide.

Ampère designou por solenóides ou cilindros electrodinâmicos os sistemas de correntes circulares infinitamente pequenas e infinitamente próximas umas das outras. Estas correntes deveriam ter o mesmo sentido, encontrando-se cada uma delas num plano perpendicular a uma linha comum, podendo esta ser recta ou curva. A configuração assim obtida revelou-se particularmente interessante e o modelo teórico proposto por Ampère permitiu explicar as propriedades magnéticas dos ímans, com base nas correntes circulares das suas "moléculas". Um íman não seria mais do que um feixe de minúsculos solenóides justapostos longitudinalmente. Para ilustrar as propriedades magnéticas dos solenóides e a sua semelhança com o comportamento dos ímans, Ampère construiu solenóides artificiais, utilizando fios de cobre enrolados em hélice.

Com os fios enrolados em hélice, e suspensos entre dois pontos de apoio, sem atrito, podia observar-se a orientação do dispositivo ao longo do meridiano magnético; o seu comportamento era idêntico ao de uma agulha de declinação magnética. Por outro lado, a inclinação magnética era observada desde que o solenóide, orientado ao longo do meridiano magnético, pudesse efectuar um movimento de rotação num plano vertical, em torno duma direcção normal ao seu eixo.

As experiências de Ampère demonstraram que dois solenóides se influenciavam mutuamente, exercendo forças de atracção ou de repulsão consoante a proximidade dos seus pólos norte e sul. Um comportamento análogo podia ser observado quando um solenóide era posto em presença dum íman.

Este solenóide do Gabinete de Física foi adquirido em meados dos século XIX.

Daguin, Pierre-Adolphe, Traité Élémentaire de Physique, Paris, 1878, Tomo III, n.os 641-708.


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