A história da Electricidade e do Magnetismo passa necessariamente pelo trabalho realizado por Alessandro Volta, trabalho magnificamente ilustrado por uma carta dirigida a Sir Goseff Banks, Presidente da Royal Society, e datada de 20 de Março de 1800. Nesta carta, publicada na Philosophical Transactions, Volta descreve a sua pilha eléctrica. Esta descoberta foi determinante para o desenvolvimento científico e tecnológico do século XIX.
Tal como afirma Volta no seu artigo, o aparelho que havia construído assemelhava-se nos seus efeitos às garrafas de Leiden. Mas, ao contrário destas, "era capaz de se recarregar sozinho após cada explosão". O seu aparelho parecia possuir uma carga inesgotável, e podia exercer uma acção ou impulso sobre um fluido eléctrico de uma maneira contínua, sendo esta acção também aparentemente inesgotável.
No seu relatório, Volta descreve as sensações que sentia quando tocava simultaneamente com os dedos húmidos nos terminais da pilha. Em algumas das experiências que realizou, mergulhava as mãos em dois recipientes que continham soluções dum sal, os quais eram ligados aos terminais da pilha através de uma fita de cobre; deste modo sentia com maior intensidade o choque eléctrico.
Volta construiu diferentes tipos de pilhas nas quais dispunha trinta, quarenta ou sessenta elementos associados. Foi-lhe possível investigar a acção da pilha sobre o fluido eléctrico, consoante o número de elementos, e verificou que o choque eléctrico aumentava de intensidade com o número de elementos da pilha utilizados. A partir de vinte elementos, a experiência tornava-se já dolorosa.
A primeira das pilhas construídas por Volta era constituída por discos de zinco e cobre sobrepostos alternadamente. Cada par era separado do seguinte por um pano ou cartão molhado numa solução ácida. A coluna era sustentada por três varetas verticais de vidro. A pilha aqui apresentada é um exemplar do tipo das primitivas pilhas de Volta.