Ovo eléctrico



64 x 16
Vidro, latão e fio de cobre

 CAT.1824:N.II.151

Ovo electrico, que mostra a propagação da electricidade pelo vacuo.

O ovo eléctrico, utilizado tal como o instrumento anterior em experiências que consistem em provocar descargas eléctricas em atmosferas rarefeitas, é constituido por um vaso de vidro, de forma oval, no interior do qual são instaladas duas hastes de latão que comunicam com o exterior, terminando no interior por duas pequenas esferas. Uma das hastes prolonga-se para o exterior em forma de gancho. O vaso de vidro apresenta ainda um terminal que torna possível a sua ligação a uma bomba de vazio, com a qual se rarefaz o ar no interior do ovo.

O ovo eléctrico é ligado a uma máquina electrostática, através do gancho, sendo o outro terminal ligado à terra. A electrização obtida por acção da máquina electrostática provoca descargas eléctricas entre as esferas terminais das duas hastes. Quando o ar contido no interior do vaso se encontra a uma pressão próxima da pressão atmosférica, nota-se o aparecimento de traços luminosos, que se ramificam como um relâmpago a partir de uma linha luminosa mais intensa. Quando se rarefaz o ar no interior do ovo, as descargas são menos sinuosas e apresentam-se sob a forma de um elipsóide luminoso, de cor violeta. Este elipsóide costumava ser designado por ovo eléctrico, ou ovo filosófico, daí o nome dado ao instrumento.

Tal como sugere Sigaud de La Fond, no seu livro Description et Usage d'un Cabinet de Physique Experimentale, podiam obter-se configurações de descargas eléctricas espectaculares a partir da introdução de acessórios de diferentes formas geométricas. Estes instrumentos eram destinados ao estudo do "fogo eléctrico".

Sigaud de la Fond, Joseph-Aignan, Description et Usage d'un Cabinet de Physique Expérimentale, Paris, 1775, Tomo II, Pl. XXVI, Fig. 2.


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