Bateria eléctrica de doze garrafas



60,8 x 52 x 68,3
Vidro, folha de estanho, latão e madeira

CAT. 1878 : 406

Bateria electrica de doze garrafas grandes (Salleron).

Após a descoberta do efeito condensador do fluido eléctrico manifestado pelas garrafas de Leiden, Bevis e Watson tiveram a ideia de associar várias garrafas entre si. As armaduras externas das diversas garrafas da associação ficavam em contacto umas com as outras e ligadas à terra através duma corrente metálica. As armaduras internas comunicavam igualmente entre si, através de varetas metálicas, por forma a que todas as garrafas ficassem simultaneamente electrizadas quando ligadas à máquina electrostática. Este conjunto tinha a designação de bateria electrostática. Nestas condições, as quantidades de fluido eléctrico recebidas pelas diferentes garrafas da associação seriam iguais entre si, se estas fossem geometricamente idênticas.

O modelo de associação em cascata foi idealizado por Franklin, que utilizava baterias eléctricas como a acima descrita. As baterias eram, por sua vez, associadas sequencialmente, sendo o ponto comum das ligações das armaduras internas de uma bateria ligado a um ponto comum das armaduras externas da bateria eléctrica seguinte.

A bateria eléctrica apresentada foi adquirida pelo Gabinete de Física em 1864 e consiste na associação de doze garrafas de Leiden instaladas numa caixa de madeira dividida em doze sectores. Cada um dos sectores comunica com o que lhe é imediatamente vizinho através de uma folha de estanho colocada na parede divisória dos dois sectores, permitindo assim o contacto eléctrico entre as armaduras externas das garrafas. O contacto entre as armaduras internas é estabelecido através de varetas de latão cujos extremos penetram em orifícios das esferas terminais das hastes e que fazem o contacto eléctrico com as armaduras internas de cada garrafa.

A quantidade de fluido eléctrico armazenada em cada garrafa podia ser avaliada por meio de um electrómetro ligado à esfera de uma das garrafas.

Sigaud de la Fond, Joseph-Aignan, Description et Usage d'un Cabinete de Physique Expérimentale, 1775, Tomo II, Pl. XXII.


Anterior                 Índice                 Seguinte