52,5 x 27,3
Vidro, latão e madeira

Este electrómetro condensador de Volta é constituído por uma esfera de latão, que comunica com o interior duma campânula de vidro através de uma haste também de latão. Na extremidade inferior desta haste, e no interior da campânula, encontram-se suspensas duas folhas de ouro. Ao aproximar-se da esfera um corpo electrizado, sem a tocar, as folhas de ouro repelem-se entre si, como resultado de uma distribuição de cargas eléctricas induzidas pelo corpo electrizado. A esfera fica carregada com uma carga eléctrica de sinal contrário à do corpo electrizado e as folhas com uma carga de sinal contrário à da esfera. Se, nestas condições, ligarmos a esfera do electrómetro à terra e depois desfizermos esta ligação, retirando posteriormente o corpo electrizado, observamos que as folhas de ouro se mantêm afastadas uma da outra, como resultado da força de repulsão devida à distribuição de carga no electrómetro. Nestas condições, o electrómetro fica carregado com carga de sinal contrário à do corpo electrizado.

As duas pequenas colunas, que se elevam do prato existente na base do aparelho, terminando em esferas, têm por finalidade acentuar o asfastamento das folhas de ouro devido à indução eléctrica de que são objecto. Contribuem assim para aumentar a sensibilidade do aparelho. A distribuição de carga nas esferas é de sinal contrário ao da distribuição de carga originada nas folhas do electrómetro. Este efeito é consideravelmente aumentado se as colunas estiverem ligadas à terra através do prato de latão onde se encontram montadas.

Para se reduzir o efeito nocivo que a humidade tem sobre as experiências de electrostática, o electrómetro apresenta a sua base em forma de caixa, de madeira, no interior da qual se coloca um prato com cal viva, podendo este ser retirado através de uma gaveta nela existente. A campânula do electrómetro está dentro de uma caixa de vidro que comunica com o espaço interior da base de madeira através de quatro largas aberturas existentes na parte superior desta.