Máquina eléctrica de Nairne



120 x 66 x 124
Vidro, latão, couro e madeira

CAT. 1851 : 10 - 1.ª sala

Outra dita tambem de Nairne, mas de maiores dimensoens, e conductores de lataõ. É montada sobre uma mesa de nogueira e fica fora dos armarios na - 1.ª sala

Este modelo de máquina electrostática de Nairne teve uma larga difusão em Inglaterra no final do século XVIII. É constituído por um cilindro de vidro que roda, por acção de uma manivela, em torno do eixo longitudinal, disposto horizontalmente. O eixo do cilindro encontra-se apoiado por dois suportes de vidro, que servem também de isoladores eléctricos. Dois condutores cilíndricos de latão, isolados e apoiados em duas colunas de vidro, estão colocados um de cada lado do cilindro, paralelamente ao seu eixo, no mesmo plano horizontal.

Durante o movimento de rotação, o vidro é friccionado contra uma almofada revestida de couro, fixada num dos condutores. Quando a máquina se encontra em funcionamento, este condutor fica carregado negativamente, pois recolhe a carga gerada na almofada devido à fricção com o vidro. O outro condutor apresenta um conjunto de pontas aguçadas, orientadas no sentido do tubo de vidro, estando as suas extremidades a alguns centímetros deste. Estas pontas apresentam uma distribuição de carga negativa, gerada por influência, dada a sua proximidade do cilindro. A pequena distância entre as duas distribuições de carga de sinais contrários permite que se dêem descargas contínuas. O objectivo da experiência é demonstrar a importância do efeito das pontas no processo de electrização do condutor metálico da máquina.

Os dois colectores de carga comportam cada um, do lado oposto à manivela, um condutor articulado. É possível provocar descargas eléctricas entre estes últimos, quando as suas extremidades estão suficientemente próximas uma da outra.

Quando se pretende proceder apenas à recolha de um dos tipos de carga eléctrica, positiva ou negativa, um dos condutores cilíndricos da máquina deve ser ligado à terra, aumentando-se desta forma a eficiência da máquina.

Daguin, Pierre-Adolphe, Traité Élémentaire de Physique, 3.ª edição, Paris, 1867, Tomo III, Livro V, n.º 1277.


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