As esferas eram colocadas sobre um suporte metálico por baixo do êmbolo da prensa. Quando se fazia rodar a manivela da prensa em torno do seu eixo vertical, o êmbolo descia, indo comprimir a esfera de chumbo que se deformava ligeiramente. Aumentando a pressão do êmbolo contra a esfera, começavam a surgir pequenas gotículas de água no seu exterior, sem uma acentuada deformação da esfera. Este resultado permitia evidenciar a pouca compressibilidade da água, e, ao mesmo tempo, demonstrar a porosidade do chumbo.

Experiências deste tipo eram frequentemente realizadas no século XVIII para demonstrar a propriedade de impenetrabilidade da matéria. Em particular, a atribuição dessa propriedade aos fluidos era objecto de polémica. No entanto, para os físicos "modernos" setecentistas toda a matéria era constituída por partículas infímas, sólidas, e seria essa solidez a justificar a impenetrabilidade, quer nos sólidos quer nos fluidos. No caso da presente experiência, se água passava para o exterior da esfera isso significava que lhe fora possível correr pelos poros do chumbo e não que o tivesse atravessado.